ENCAMINHAMENTOS E CARTAS DE INTENÇÃO DA ASSOBECATY


ENCAMINHAMENTOS DO IºSEMINÁRIO RELIGIOSIDADE DE TRADIÇÃO 
AFRICANA E MEIO AMBIENTE NA  ASSOBECATY             
             Resultado do Seminário
      
I Seminário de Religiosidade Africana e Meio Ambiente 
   No dia 17 de janeiro de 2008, ás 14 horas iniciou o seminário, nele estavam presentes babas e Iyás e alguns caciques de centros de umbanda, da cidade de Guaíba e arredores, filhos do Ilê , também participaram da formação.No primeiro omento foi feito uma alusão ao dia 20 de janeiro dia consagrado ao Caboclo Oxossi da Matas, Mãe Carmen abre com cânticos aos ritmos sagrados afro- brasileiros e anuncia que no final terão o mesmo procedimento.Momento de troca de conhecimentos acerca das matrizes  afros e o meio ambiente as palestras sobre o   tema, a conversa sobre as práticas religiosas e contação de histórias.
Toque Sagrado para Ossanha
“Ossaim, Senhor da folhas, da ciência e das ervas, o orixá que conhece o segredo da cura e o mistério da vida.” 
 A proposta inicial era discutirmos a questão ambiental, com relação as práticas religiosas e a preservação do meio ambiente.
 Fomos surpreendidos  após  definição de cidadania religiosa que  compreende, ter direitos e deveres, e os religiosos identificaram-se como autoridades, e  questionaram  quem não estava cumprindo o seu papel , com relação aos dois monumentos sagrados que existem no município de Guaíba em área pública, que é a Pedra de Xango e a Gruta de Oxum ambos no balneário Alegria? Essa questão abriu um leque de discussão, por ser uma pergunta bem complexa, após horas de discussão , os religiosos chegaram ao entendimento que o poder público estava negligente com os símbolos sagrados, tanto quanto a comunidade religiosa, que também, deixou chegar ao ponto que chegou. Ao mesmo tempo que houve esta elaboração, o grupo de religiosos que estavam presentes, assumiram o compromisso de reparar essa falha e preencher a lacuna com ações positivas , cobrir esses espaços com responsabilidade religiosa, além de buscar o apoio das autoridades locais  para a revitalização destes dois espaços. 
A
gendado a primeira ação Gruta de Oxum da Praia da Alegria para o  dia 21 de janeiro de 2008, 9 horas da manhã  para a retomada histórica da consciência ambiental dos religiosos de Matriz Africana do município de Guaíba, Rs , Brasil.


CARTA DE INTENÇÕES MEIO AMBIENTE ASSOBECATY
“ O Axé é a força vital, que é a natureza”
Argumento:
   Defini-se como cidadania religiosa o gozo dos princípios constitucionais e as declarações universais que assegurem os direitos da prática religiosa, livre de barreiras de qualquer ordem  mediante a análise das condições materiais e simbólicas necessárias por parte do povo de santo, assim como de planejamentos urbanos e ambientais fundados em critérios racionais técnicos.

Contextualização:

   Realizou-se no dia 19 de janeiro na ASSOBECATY reunião com a presença de significativo corum de religiosos do município e região metropolitana afim de ampliar e aprofundar diálogo sobre os interesses religiosos prementes. O foco do debate recaiu sobre as questões ambientais visto que as religiões de matriz africana por si elevam os religiosos a condição de ambientalistas natos.
   Os fundamentos africanos da religiosidade brasileira tratam do manejo de recursos naturais, dos elementos da natureza que são oferecidos, cujo o objetivo trata de revigorar a força e o poder das entidades,  constituindo assim, a preservação do meio ambiente, o poder da continuidade, da vida, da ancestralidade, da prosperidade e do próprio sentido existencial. 
   Desta forma, consensualmente reunidos, apontamos aos agentes públicos a demais  interessados que:

      1.Deverá o  município produzir políticas que assegurem os padrões da cosmovisão de origem africana;

2- Oportunize território para árvores sagradas e ervas de uso medicinal e litúrgico

3- Comprometa-se com a preservação do patrimônio urbano simbólico (imagem da mãe Oxum).

   Ademais, podemos falar da dimensão institucional do Racismo Ambiental referente a políticas institucionais que, sem o suporte da teoria racista de intenção, produz distribuição desigual do acesso ao meio ambiente sadio para os membros de diferentes grupos étnicos/raciais.
   Frente ao exposto, acreditamos que a presente gestão pública, assim como seus sussessores concederão relevância ao que tratamos, agindo de forma positiva para que possamos aproximar e aprofundar o diálogo com os grupos que discutem as questões pertinentes ao meio ambiente em Guaíba, no estado e em nível nacional.


Guaiba, 19 de janeiro de 2008.
Ano do centenário da Santa Umbanda