quarta-feira, 5 de maio de 2010

ENCAMINHAMENTOS / CARTAS DE INTENÇÃO / AÇÕES



            Resultado do Seminário

      I Seminário de Religiosidade Africana e Meio Ambiente 
   No dia 17 de janeiro de 2008, ás 14 horas iniciou o seminário, nele estavam presentes babas e Iyás e alguns caciques de centros de umbanda, da cidade de Guaíba e arredores, filhos do Ilê , também participaram da formação.No primeiro omento foi feito uma alusão ao dia 20 de janeiro dia consagrado ao Caboclo Oxossi da Matas, Mãe Carmen abre com cânticos aos ritmos sagrados afro- brasileiros e anuncia que no final terão o mesmo procedimento.Momento de troca de conhecimentos acerca das matrizes  afros e o meio ambiente as palestras sobre o   tema, a conversa sobre as práticas religiosas e contação de histórias.
Toque Sagrado a OSSANHA
“Ossaim, Senhor da folhas, da ciência e das ervas, o orixá que conhece o segredo da cura e o 

 A proposta inicial era discutirmos a questão ambiental, com relação as práticas religiosas e a preservação do meio ambiente.
 Fomos surpreendidos  após  definição de cidadania religiosa que  compreende, ter direitos e deveres, e os religiosos identificaram-se como autoridades, e  questionaram  quem não estava cumprindo o seu papel , com relação aos dois monumentos sagrados que existem no município de Guaíba em área pública, que é a Pedra de Xango e a Gruta de Oxum ambos no balneário Alegria? Essa questão abriu um leque de discussão, por ser uma pergunta bem complexa, após horas de discussão , os religiosos chegaram ao entendimento que o poder público estava negligente com os símbolos sagrados, tanto quanto a comunidade religiosa, que também, deixou chegar ao ponto que chegou. Ao mesmo tempo que houve esta elaboração, o grupo de religiosos que estavam presentes, assumiram o compromisso de reparar essa falha e preencher a lacuna com ações positivas , cobrir esses espaços com responsabilidade religiosa, além de buscar o apoio das autoridades locais  para a revitalização destes dois espaços.

gendado a primeira ação Gruta de Oxum da Praia da Alegria para o  dia 21 de janeiro de 2008, 9 horas da manhã  para a retomada histórica da consciência ambiental dos religiosos de Matriz Africana do município de Guaíba, Rs , Brasil.

NA SEQÜÊNCIA
CARTA DE INTENÇÕES MEIO AMBIENTE ASSOBECATY

“ O Axé é a força vital, que é a natureza”
Argumento:
   Defini-se como cidadania religiosa o gozo dos princípios constitucionais e as declarações universais que assegurem os direitos da prática religiosa, livre de barreiras de qualquer ordem  mediante a análise das condições materiais e simbólicas necessárias por parte do povo de santo, assim como de planejamentos urbanos e ambientais fundados em critérios racionais técnicos.

Contextualização:

   Realizou-se no dia 19 de janeiro na ASSOBECATY reunião com a presença de significativo corum de religiosos do município e região metropolitana afim de ampliar e aprofundar diálogo sobre os interesses religiosos prementes. O foco do debate recaiu sobre as questões ambientais visto que as religiões de matriz africana por si elevam os religiosos a condição de ambientalistas natos.
   Os fundamentos africanos da religiosidade brasileira tratam do manejo de recursos naturais, dos elementos da natureza que são oferecidos, cujo o objetivo trata de revigorar a força e o poder das entidades,  constituindo assim, a preservação do meio ambiente, o poder da continuidade, da vida, da ancestralidade, da prosperidade e do próprio sentido existencial. 
   Desta forma, consensualmente reunidos, apontamos aos agentes públicos a demais  interessados que:

      1.Deverá o  município produzir políticas que assegurem os padrões da cosmovisão de origem africana;

2- Oportunize território para árvores sagradas e ervas de uso medicinal e litúrgico

3- Comprometa-se com a preservação do patrimônio urbano simbólico (imagem da mãe Oxum).

   Ademais, podemos falar da dimensão institucional do Racismo Ambiental referente a políticas institucionais que, sem o suporte da teoria racista de intenção, produz distribuição desigual do acesso ao meio ambiente sadio para os membros de diferentes grupos étnicos/raciais.
   Frente ao exposto, acreditamos que a presente gestão pública, assim como seus sussessores concederão relevância ao que tratamos, agindo de forma positiva para que possamos aproximar e aprofundar o diálogo com os grupos que discutem as questões pertinentes ao meio ambiente em Guaíba, no estado e em nível nacional.


Guaiba, 19 de janeiro de 2008.
Ano do centenário da Santa Umbanda
___________________________________NA SEQÜÊNCIA



terça-feira, 4 de maio de 2010

Iº SEMINÁRIO DE RELIGIOSIDADE DE TRADIÇÃO AFRICANA E MEIO AMBIENTE - ASSOBECATY





Assobecaty Convida.

I Seminário de Religiosidade de Tradição Africana e Meio Ambiente

Dia: 17 de janeiro de 2008
Horário:
Programação: Palestras sobre o tema, atividades de práticas ambientais e contação de histórias


Ossaim, Senhor da folhas, da ciênccia e das ervas, o orixá que conhece o segredo da cura e o mistério da vida.”
Para participar como palestrante, contar histórias sobre nossos mitos e lendas ou trazer uma atividade de educação ambiental, telefone ou inscreva-se até dia 16 respondendo a 







Nesse blog estamos realizando o registro 
do  I º Seminário Religião de Matriz Africana e Meio Ambiente e sua repercussão até os dias atuais. A atividade  ocorreu na sede da  ASSOBECATY-Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá, Rua Wenceslau Fontoura nº 226 Jardim Santa Rita Guaíba, RS, Brasil. 
Esta  proposta nasceu  com o objetivo  de trazer a luz uma discussão que estava  adormecida pela  obscuridade  incerta,  quando buscamos relacionar   meio ambiente com  as práticas das religiões afro-brasileira, no contexto da modernidade.
                                                                                                                    O tema que está no bojo das distorções  históricas insolúveis, não alimentammos a utopia que iremos resolver esta situação, talves o nosso papel, nesse espaço, seja apresentar dados para que desconstrua a ilusão que "esta quase tudo bem" e todos nós sabemos que não está. O lado positivo quando pensamos sobre a questão ambiental e o modo especifico de viver a religião africana. é que temos uma história que nos dignifica como legítimos. O lado negativo, é a descentralização, que provoca um  crescimento desordenado, onde ninguém é mais filho de ninguem, onde muitos são filhos do sistema capitalista. e isso , destroi  um processo de legitimidade. Para tentar dissolvê-las é  preciso que sejam oferecidas condições  que possam ser evocadas reflexões  constantes dos religiosos, sobre a suas práticas ritualísticas, possibilitando a   analise das contradições existentes entre a relação entre o sagrado  e o  profano, o externo e o interno , moderno e o antigo , o capitalismo ou o socialismo, o visivel e o invisivel, só para lembrar, o  nosso foco principal,  é " religare" com os orixás, para isso,  precisamos estar em equilibrio com a natureza.




Rever todos esses aspectos não é uma tarefa muito fácil, pelo fato que rever, faz criar consciência, isso implica, assumir uma responsabilidade publica, com  novas atitudes   religiosas, políticas e socias ,  posturas  como autoridades religiosas 
Podemos, sim , fazer religião de tradição na modernidade, só que para isso é preciso não perder o vínculo com a raiz, isto é, não romper o contato com a raiz, com os religiosos  mais velhos,  os griôs, os baluartes que    sustentaram até a  atualidade a transmissão do axé, pelo o principio da oralidade, permitindo-nos ouvir as narrações  dos fatos passados, de situações vividas ao longo de suas vidas . considerando que a modernidade, demonstra  estar  a passos galopantes para a extinção da tradição. Nós conhecemos nossas origens, esse evento possibilitou-nos  ativar nossas  memórias 


Concluímos que  abordarmos a temática meio ambiente é estarmos, narrando, falando e  escrevendo  trabalhos científicos,  livros , teses,artigos e blogs. 
Portanto ,  nunca devemos esquecer quando lemos um livro sobre a nossa religião, que  para alguém escrever , um dia alguns dos nossos ancestrais ,tiveram que narrar os fatos contidos em sua memória. Por esses fatores sugiro que todos nós , possamos nesse momento saudar a  oralidade e os nossos ancestrais, por hoje podermos estar registrando a trajetória religiosa expressando o nosso  desejo intenso de restabelecer a unidade perdida, destroçada intencionalmente pelo explorador. 
    Queremos discutir e rediscutir , é uma  intenção, que significa querer restituir o axé , para que tenhamos plenitude nas nossas vidas, inclusive  para que a vida dos religiosos contemporâneos tenha mais sentido. Precisamos  trabalhar arduamente para reverter o quadro, tirar nossa religião da banalidade, para adquirirmos  o respeito e acessarmos   o reconhecimento de todos, que os vivência dores das religiões de Matriz Africana são os ambientalistas natos.
Axé Mãe Carmen de Oxalá