Assobecaty Convida.
I Seminário de Religiosidade de Tradição Africana e Meio Ambiente
Dia: 17 de janeiro de 2008
Horário:
Programação: Palestras sobre o tema, atividades de práticas ambientais e contação de histórias
“Ossaim, Senhor da folhas, da ciênccia e das ervas, o orixá que conhece o segredo da cura e o mistério da vida.”
Para participar como palestrante, contar histórias sobre nossos mitos e lendas ou trazer uma atividade de educação ambiental, telefone ou inscreva-se até dia 16 respondendo a
Nesse blog estamos realizando o registro
do I º Seminário Religião de Matriz Africana e Meio Ambiente e sua repercussão até os dias atuais. A atividade ocorreu na sede da ASSOBECATY-Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá, Rua Wenceslau Fontoura nº 226 Jardim Santa Rita Guaíba, RS, Brasil.
Esta proposta nasceu com o objetivo de trazer a luz uma discussão que estava adormecida pela obscuridade incerta, quando buscamos relacionar meio ambiente com as práticas das religiões afro-brasileira, no contexto da modernidade.
O tema que está no bojo das distorções históricas insolúveis, não alimentammos a utopia que iremos resolver esta situação, talves o nosso papel, nesse espaço, seja apresentar dados para que desconstrua a ilusão que "esta quase tudo bem" e todos nós sabemos que não está. O lado positivo quando pensamos sobre a questão ambiental e o modo especifico de viver a religião africana. é que temos uma história que nos dignifica como legítimos. O lado negativo, é a descentralização, que provoca um crescimento desordenado, onde ninguém é mais filho de ninguem, onde muitos são filhos do sistema capitalista. e isso , destroi um processo de legitimidade. Para tentar dissolvê-las é preciso que sejam oferecidas condições que possam ser evocadas reflexões constantes dos religiosos, sobre a suas práticas ritualísticas, possibilitando a analise das contradições existentes entre a relação entre o sagrado e o profano, o externo e o interno , moderno e o antigo , o capitalismo ou o socialismo, o visivel e o invisivel, só para lembrar, o nosso foco principal, é " religare" com os orixás, para isso, precisamos estar em equilibrio com a natureza.
Podemos, sim , fazer religião de tradição na modernidade, só que para isso é preciso não perder o vínculo com a raiz, isto é, não romper o contato com a raiz, com os religiosos mais velhos, os griôs, os baluartes que sustentaram até a atualidade a transmissão do axé, pelo o principio da oralidade, permitindo-nos ouvir as narrações dos fatos passados, de situações vividas ao longo de suas vidas . considerando que a modernidade, demonstra estar a passos galopantes para a extinção da tradição. Nós conhecemos nossas origens, esse evento possibilitou-nos ativar nossas memórias
Concluímos que abordarmos a temática meio ambiente é estarmos, narrando, falando e escrevendo trabalhos científicos, livros , teses,artigos e blogs.
Portanto , nunca devemos esquecer quando lemos um livro sobre a nossa religião, que para alguém escrever , um dia alguns dos nossos ancestrais ,tiveram que narrar os fatos contidos em sua memória. Por esses fatores sugiro que todos nós , possamos nesse momento saudar a oralidade e os nossos ancestrais, por hoje podermos estar registrando a trajetória religiosa expressando o nosso desejo intenso de restabelecer a unidade perdida, destroçada intencionalmente pelo explorador.
Queremos discutir e rediscutir , é uma intenção, que significa querer restituir o axé , para que tenhamos plenitude nas nossas vidas, inclusive para que a vida dos religiosos contemporâneos tenha mais sentido. Precisamos trabalhar arduamente para reverter o quadro, tirar nossa religião da banalidade, para adquirirmos o respeito e acessarmos o reconhecimento de todos, que os vivência dores das religiões de Matriz Africana são os ambientalistas natos.
Axé Mãe Carmen de Oxalá
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